o último dos violetas
Uma mulher com quem comer e dormir
E que seja a própria sensação da vida
respirada numa explosão do último dos violetas.
Corpórea, e materializada no instante do abismo entre os corpos
e que venha ser o outro lado de um silêncio pontuado de música,
uma mulher com quem beber e falar, longamente,
com quem riscar as palavras do poema véspera de um tempo planificado,
com quem ignorar o mundo, e sê-lo, ao mesmo tempo,
na imensidão cósmica das células.
Uma mulher com quem compartilhar o frio de uma praça,
onde a noite é toda cinema,
e que explique a vida pela imagem de uma árvore florida.
Uma mulher com quem viver em eterno adoecer-se e curar-se das dores do mundo,
com quem experimentar o vento e o cansaço como deuses,
e de quem nada esperar a não ser a presença incerta
e com quem desnudar cheiros, e sorver tardes, e caminhar
e que talvez seja uma mulher-instante, apenas.
E que talvez seja uma mulher-instante, apenas.
E que seja a própria sensação da vida
respirada numa explosão do último dos violetas.
Corpórea, e materializada no instante do abismo entre os corpos
e que venha ser o outro lado de um silêncio pontuado de música,
uma mulher com quem beber e falar, longamente,
com quem riscar as palavras do poema véspera de um tempo planificado,
com quem ignorar o mundo, e sê-lo, ao mesmo tempo,
na imensidão cósmica das células.
Uma mulher com quem compartilhar o frio de uma praça,
onde a noite é toda cinema,
e que explique a vida pela imagem de uma árvore florida.
Uma mulher com quem viver em eterno adoecer-se e curar-se das dores do mundo,
com quem experimentar o vento e o cansaço como deuses,
e de quem nada esperar a não ser a presença incerta
e com quem desnudar cheiros, e sorver tardes, e caminhar
e que talvez seja uma mulher-instante, apenas.
E que talvez seja uma mulher-instante, apenas.