por algum tempo de silêncio
Uma dor de súbito, na alma crescendo galhos exaustos. Vontade sedenta de voltar, quebrar a redoma de pedra e nuvem e cair suave em terra velha. Saturaram-se os dias de tempo morto, a incerteza ensaiava suas tristes mentiras.
Dias se atravessaram. Sangue doce dilacerado em horas de ócio. E eis que esferas do tempo se chocavam com delicada fúria, os olhos e as flores sobrepostos no passado. Correr por uma rua vazia, imagem mais que ação de reais medos. As sombras evaporadas, desníveis pétreos de uma incerteza maior – vaivém dos ciclos vitais. Boca que sangra, o pêlo se confunde na fome dos sentidos. Antes do nada, ansiedades e questões perdidas em um nunca-hoje. No momento em que o corpo lateja, suando verdades e cansaços, ressurgia uma vez mais a sensação de dias antigos, quando a dúvida que ainda havia apertava o estômago. Agora era um copo de sangue doce, viscoso e abandonado, na luz triste de ruas de pedra, alimentando palavras difusas.
Como uma fotografia em branco, flor, machucada na dureza do espinho. Como um pedaço de vida tropeçado.
Dias se atravessaram. Sangue doce dilacerado em horas de ócio. E eis que esferas do tempo se chocavam com delicada fúria, os olhos e as flores sobrepostos no passado. Correr por uma rua vazia, imagem mais que ação de reais medos. As sombras evaporadas, desníveis pétreos de uma incerteza maior – vaivém dos ciclos vitais. Boca que sangra, o pêlo se confunde na fome dos sentidos. Antes do nada, ansiedades e questões perdidas em um nunca-hoje. No momento em que o corpo lateja, suando verdades e cansaços, ressurgia uma vez mais a sensação de dias antigos, quando a dúvida que ainda havia apertava o estômago. Agora era um copo de sangue doce, viscoso e abandonado, na luz triste de ruas de pedra, alimentando palavras difusas.
Como uma fotografia em branco, flor, machucada na dureza do espinho. Como um pedaço de vida tropeçado.