Quando as pálpebras se escancaram
A tristeza respingou preto na pureza das vidraças. Pingavam máculas de sangue roto, vomitadas por olhos cansados e perdidos. Chovia um zumbido agudo e constante de dor.
Exaurida pelo sofrimento, ela chorava sobre as colchas que exalavam indiferença; afogava-se num desespero empoeirado, que engolia aos goles seus últimos lampejos de consciência.
Sozinha na tempestade, suas lágrimas lavaram seus pecados num pranto solene; nódoas de abismo se tatuaram no seio de sua solidão.
Logo levantou-se e engoliu os soluços, mãe de si mesma.
Exaurida pelo sofrimento, ela chorava sobre as colchas que exalavam indiferença; afogava-se num desespero empoeirado, que engolia aos goles seus últimos lampejos de consciência.
Sozinha na tempestade, suas lágrimas lavaram seus pecados num pranto solene; nódoas de abismo se tatuaram no seio de sua solidão.
Logo levantou-se e engoliu os soluços, mãe de si mesma.
<< Home