só em si
A sombra translúcida se acomoda na parede bege, gasta. Move-se lentamente, em ciclo. Estranho aconchego. Ares mornos de um quarto-refúgio.
Sob colchas velhas, meu corpo lateja sensações híbridas de memórias recentes e contraditórias. Há uma tênue área cinza entre o conforto e o desespero.
Os cantos das paredes me observam, do alto, cúmplices de minha solidão voluntária. Há um laivo de piedade em seu olhar. Mordaz ironia...! A penumbra toma nuances e formas várias. Dialoga, silente, com a música ao fundo, simples e bela. Despertam-me ambas curiosidade e introspecção, mescladas a algum intuito analítico vão.
Minha sombra parece querer me testar. Não sei se sua companhia me agrada. Me sinto ameaçado por não estar só. Tornei-me ébrio da melancolia.
Sob colchas velhas, meu corpo lateja sensações híbridas de memórias recentes e contraditórias. Há uma tênue área cinza entre o conforto e o desespero.
Os cantos das paredes me observam, do alto, cúmplices de minha solidão voluntária. Há um laivo de piedade em seu olhar. Mordaz ironia...! A penumbra toma nuances e formas várias. Dialoga, silente, com a música ao fundo, simples e bela. Despertam-me ambas curiosidade e introspecção, mescladas a algum intuito analítico vão.
Minha sombra parece querer me testar. Não sei se sua companhia me agrada. Me sinto ameaçado por não estar só. Tornei-me ébrio da melancolia.
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