terça-feira, fevereiro 21, 2006

as pessoas e os campos de rosas

A casa foi esvaziada de seus nomes e trajetos;
era toda limites fotográficos.
Uma só paisagem de tempo, desmembrada
por todos os grãos de espaço que se espalhavam ao chão doce.

A casa foi mutilada em seus gemidos e diálogos
e era sempre a inconsequência da música.
Vieram as pessoas e o que havia entre elas,
além de algum tempo, um outro gosto.

A casa foi fragmentada em seus passos e canções.
Eram os sons cíclicos, sempre a dizer algo a mais:
sons para a pressa e a sede, quando do amanhã distante.

A casa foi demolida em seus momentos e degraus.
Era uma casa dócil:
o tempo corria ao redor de seus passos.
O tempo corria ao redor.