sábado, maio 21, 2005

pela tarde

celebrar-se doce inconseqüente
mergulhar no seco eterno instante
na lágrima que ri
na face rente
meu pranto só não hei de achar quem cante
o tempo passa
antes que se possa
o olho pisca
o beijo cala
a história passa e não é a nossa
o instante hostil emudece a fala
o elo alarga
(ela já não sabe)
o que há de vir
se o olho sua
o que era antes hoje já não cabe
ainda assim a tarde continua